O Pintassilgo me cantou baixinho no ouvido:
A Rainha do Sol,
Abriu uma furna secular
E prendeu meu candeeiro azul.
Na porta fez guarda atenta
Um batalhão furioso
De marimbondos-caboclos
Mestrados na traição.
No comando de fuzilaria
Segurando com orgulho uma vara de Mestre Cirandeiro
Regia o batalhão com maestria
Uma velha, sarnenta e raivosa Onça pintada do lajedo.
A Rainha do Sol fechou os olhos.
Um nó apertou a garganta
Onde não se ataca mais um paletó
E fez descer no gogó
A amargura da lágrima.
A Rainha do Sol já não tem mais a cura.
segunda-feira, 2 de março de 2009
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