quinta-feira, 14 de junho de 2007

Carta para minha Santa Mãezinha

Tenho filosofado sobre minha existência.
Sábios, Reis, eruditos e velhos já tentaram me desanuviar os olhos,
Mas, os únicos que me mostraram uma teoria decente para os assoites Divinos,
Seja por ferro, fogo, terra, água ou couro, foram os Brincantes.

Me falaram que era uma traquinagem do Divino,
Poia, tenho nome dos mais famigerados bandidos infames de todos os tempos.
Sou filho de sangue Mouro, que herdou dos velhos judeus
O rancor eterno e carnal de ter cucificado o menino Nazareno.

Valeime minha Nossa Senhora dos Nomes Mal Escolhidos.
Já sinto até o remorso por feitos antigos.
Não sou culpado pelas, destemperanças, arriações, amarguras e angusturas desses meus enerentes.
Seja de mim advogada, já não tenho muita providência para um e pedir ao Diabo não me agrada.

Prometo trocar de nome para algo mais romântico ou cavalariço,
Um nome de Rei, de escritor ou de poeta.
Assim, vou poder mentir, enganar, ludibriar, escamotear sem ser punido
E minha herança genética não terá problema com as dívidas carnáis com o Divino.

Espero que meu cancão não se perca e que esse bilhete não caia no caminho.
Que a senhora entenda minah angustura.
Aguardo sua defesa celeste
E sua atenção Materna.

Pelos séculos e séculos.
Amém.

Um comentário:

Larissa Minghin disse...

Teu olhar já tava fazendo falta!