quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Jornada de Mar

Peito ao Mar.

O Tempo já é cor de maduro.

Vou rumo ao Novo Mundo

Minha Santa tem meu caminha para Clarear.

 

Eu, marujo sem bandeira

Me lanço com minha Nau Catarineta

Neste tigre de barba azul

Filho da Terra e devorador de sonhos.

 

Em meu caminho muitos perigos.

Eu não posso parar,

Pois minha jornada é epopéica.

Nem a poderosa Brusaicã poderá me assustar.

 

Mil canhões apontam de minha Nau.

Não tenho uma colossal tripulação,

Mas ando com minha Ciganinha

Que usa uma saia azul que foi prenda minha.

 

Meu caminho é logo

E o Tigre está acordado.

Vem minha Ciganinha,

Me leva nos teus braços a minha Nau.

 

A chuva pinga pinicando a madeira,

Uma nuvem esconde o Sol.

Abana a saia minha Cigana

Para nossos cainhos Clarear.