quarta-feira, 9 de maio de 2007

Negra Rainha

Minha negra santinha,
Que acabou de sair do mar
Com os cabelos cobertos de estrelas
Tende piedade de mim, pobre cavaleiro.

Minha santa Negra,
Com teu vestido de sonhos
E com a pele desenhada de rosas,
Perdoa a fraqueza de um velho errante.

Minha dadivosa negrinha,
Que meu passado não me condene,
Nem meus erros me afundem
Santa negra do mar.

Que tuas flores vermelhas
Minha negra Rainha
Me mostrem o caminho de minha vida,
Seja ela qual for.

E se eu, velho cavaleiro, não for,
Digno de tua atenção,
Pelo menos não me chame pelo nome.
Aquele apelido infantil é mais carinhoso.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindaaaaa...