domingo, 27 de maio de 2007

Um dia depois de outro dia que vem antes de qualquer dia.

Já é dia de missa.
Dia de banho perfumado,
Dia de bailinho com as mas belas flores,
Mas um dia de cavaleiro solitário.

Já é dia de missa.
O circo ja desfez sua alegria,
O palhaço tambem desfez sua maquiagem,
Mais um dia de Cavaleiro solitário.

É dia de missa.
As bolhinhas já não fazem mais cosquinha no céu da boca,
As saia do vento acabam de se rasgar
E é mais um dia de cavaleiro solitário.

É dia de missa.
Um saguim desacanhado meu veio no ombro para falar
Que a cigarrinha para o mar já não canta mais.
É, mas, é um dia de cavaleiro solitário.

Já se vai o dia de missa.
A tropa de jumentos já vem pisando o tempo
Sem a piedade que deve te o manso.
Se desmantela mais um dia de cavaleiro solitário.

Já se foi o dia de missa.
Um leviano gosto azul de saudade dança na minha frente,
O balé de dois dançarinos que eu nunca vivi.
E vem mais um dia de cavaleiro solitário.

Agora já não é mais o dia de missa.
Alforjo minhas rugas, minhas dores, meus rancores e amores
Para poder carregar nas mãos calejadas apenas a felicidade de duas moedas de ouro.
Lá se vem mais um dia de cavaleiro solitário.

Um comentário:

Larissa Minghin disse...

Tô precisando escrever contigo...
"Pão e Tu me bastaria."

Beijo.